quinta-feira, 22 de julho de 2010

Ser urbana é...


Amo viajar. Um dos momentos que me incomoda, porém, das viagens, é ter que fazer as malas. Mas a verdade é que preciso confessar que faço malas maravilhosamente organizadas.
São diferentes nécessaires para cada coisa: uma para maquiagem; outra para as jóias; outra diferente para os xampus, condicionadores, cremes sem enxágüe, essas coisas que vão para dentro do banheiro; e outra para os perfumes, hidratantes, que moram em cima da penteadeira, se é que ainda se fala assim.
As roupas vão organizadas pela ordem em que as planejo usar, e os sapatos, em saquinhos separados, bem como as roupas íntimas.
A exceção do capricho todo, porém, é que a mala em que viaja tudo isso, todo este material cuidadosamente separado e arranjado, nunca recebeu minha atenção.
Viajo muito, viajo sempre, por conta da vida acadêmica, por conta do relacionamento à distância, e geralmente carrego todo o aparato para viagem em uma mala qualquer que encontro no maleiro. Isso inclui, com freqüência, carregar meu mini closet em uma mala cinza e molenga do Posto Ipiranga que meu pai ganhou ao abastecer um tanto “x” de combustível.
Acontece que eu não tinha me dado conta de que andava assim, parecendo um dos cinqüentões que saem da sauna do clube onde freqüento. Decidi, então, comprar uma mala decente, sem emblema de posto de gasolina e firme o suficiente para não parecer que um bode mascou as minhas camisetes.
Na loja, procurei bem pela mala perfeita: que coubesse bem no carro, fizesse jus à necessidade, e entrasse em acordo com o bolso. Depois de muito procurar, de analisar o peso, a praticidade, a qualidade das rodas, os zíperes para privacidade, as telinhas para acomodar objetos menores, encontrei uma mala vermelha, deste vermelho sangue, lindíssima, firmíssima. E comprei.
As nécessaires, as roupas e os saquinhos cor nude, foram maravilhosamente organizados dentro da mala nova e logo mala e pertences fizeram um conjunto magnífico para a minha viagem de fim de semana. Minhas melhores e mais novas roupas, o novo scarpin, altíssimo, famoso meia-pata, pareciam repousar num luxo dentro daquela mala vermelha, que senti vontade de compartilhar com alguém sobre meu novo investimento.
Liguei para o namorado, que me espera no destino, para um fim de semana de muitos passeios, depois de um fim de semana de saudades, e contei da mala nova.
O namorado, do outro lado, prático, objetivo, o namorado homem, querendo ajudar, sem querer, sem saber, recomendou:
- Ihhh, amor... Minha família e eu pensamos em ir para o rancho neste fim de semana. Será que você não deveria trazer a mala velha mesmo???

3 comentários:

  1. Andréia, obrigada pelo seu comentário lindo no Mínimo Ajuste. Foi um 'achado' o lindo Poema postado. Como seu autor nos ensinou a delícia que é para uma mulher tornar-se MULHER! E, com uma delicadeza e dignidade impecável. Amei postá-lo.Seu texto acima é muito importante mais não sei ser tão organizada assim não! rsrsrs. Minha Filhota mora em Lisboa, então um pouco cá, outro acolá. Na ida até que consigo, mas na volta voc~e eu não deixo não ver como arrumo minhas malas.
    Beijos com cheirinho de lavanda para você!
    Sílvia

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  2. Andréia querida, eu sou pééééssima pra arrumar malas rs.

    Um abraço grandeeeeeee!

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