segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Moda Preocupante...!


Depois de uns dias de silêncio, atarefada entre as leituras do doutorado, as aulas da universidade, voltei, até porque, ao meu ver, seria impossível deixar de fora um acontecimento como esse que pretendo narrar, tão sensível e que conta a história de uma percepção aguçadíssima!
Já mencionei que sou vaidosa. Vario entre as mais diversas nuances de esmaltes, adoro salto alto, não fico sem acessórios, e o cabelo precisa estar sempre impecável. Agora, uma coisa que, além de tudo o que mencionei, realmente me dá prazer, é arquitetar minha maquiagem.
Compro muito, compro sempre, produtos de toda ordem. Amo rimeis, que dão volume, que alongam, que preenchem, e amo mais ainda quando encontro um que alia todos estas qualidades.
O blush também considero essencial. Uso a cor pêssego nas têmporas caso os olhos estejam mais carregados, ou o rosa caso os olhos tenham menos cor.
Me perco entre bases, pós, corretivos. Amo quando consigo convencer que quase não tenha olheiras.
E minha grande paixão: as sombras, é claro. Compro de todas as cores possíveis, e gosto de estar inserida nas tendências. Se andam usando bem carregada, abuso. Se a moda é discrição, endosso.
Acontece que nos últimos tempos, virou bonito usar sombras de cores fortes e nada discretas. Verdes, amarelas, azuis, pink, elas coloriram as pálpebras do mundo todo.
Um dia desses arrisquei e comprei a versão de cor pink destas sombras. No último domingo, ao sair em família, resolvi testar.
Amei, como havia de ser!
Me achei engenhosíssima, passando a sombra com o canto mais escurecido, e mais enfraquecido à medida que se aproximava do nariz. Com um traço fino de delineador preto bem sobre a linha dos cílios superiores, e um rímel bem trabalhado, finalizei o look.
Fiquei apaixonada pelo efeito que a sombra causou. Em poucos segundos e fascinada, me sentia completamente fashion, extremamente pink, totalmente preparada para sair.
Minutos depois, durante o jantar, percebi meu pai me olhando nos olhos.
E quando achei que algo surgiria, talvez um elogio, ou um outro comentário, sabendo também que ele nunca foi a pessoa mais observadora do mundo, percebi, na verdade, um olhar longo e preocupado.
A pergunta, aflita e inequecível, veio depois:
- Andreia! Fecha os olhos! Você está com terçol???

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