segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Casinha...


Neste último fim-de-semana, enquanto separava, um a um, meus livros infantis, fazendo a mudança para a casa nova, casa de noiva, me encontrei com um de meus livros de infância preferidos: Luciana em casa da vovó.
No livro, Luciana passeia por entre as roseiras da avó, come das frutas do pomar, experimenta das delícias feitas pela avó cozinheira, e brinca de brincadeiras que só se brinca em casa de vó.
Acontece que eu me achava muito parecida com a Luciana. Como eu, ela ela amava brincar de casinha com as coisas da casa da avó, amava as brincadeiras que brincava por lá, tanto que andei exigindo da família a permuta de nome. Só atendia se me chamassem de Luciana.
Penso que minha avó, dona da casa que eu, como a Luciana, amava frequentar e brincar, ia hoje poder frequentar a minha casa nova.
Sei que ela iria amar...
Sei que ela adoraria saber que o anel que ela me deixou há 12 anos, pouca coisa antes de ir, tornou-se no dia 4 de junho o meu anel de noivado.
Imagino minha avó, costureira, me ajudando a escolher os detalhes das toalhas de linho da sala, palpitando sobre as capas das almofadas, encantada com as cortinas de lese para o banheiro.
Hoje não me chamo Luciana e penso que tive pouco tempo de casa de vó. Mas ainda que não possa mais admirar as roseiras da minha avó, estou muito feliz, porque vou ser a dona de um lindo jardim de agapantos. Ainda que não possa mais comer de uma imensidão de frutas no fundo do quintal, agôo com frequencia uma linda jabuticabeira num vaso muito bonito. Ainda que eu não saiba fazer bolinhos de chuva, pastéis, ou bolos como ela fazia, confesso que estou cometendo minhas primeiras ousadias na cozinha.
Tenho estado assim, esperançosa, porque meus dias de brincar de casinha estão, finalmente, de volta.

2 comentários:

  1. Que você seja eternamente feliz em sua casa nova, casa de noiva, casa da esposa.
    Para mim não há felicidade maior no mundo do que estar embriagado com a magia da nossa Felicidade, da nossa Paixão, do nosso Amor.
    Beijos,

    Seu. Sempre.

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  2. Que bom estas lembranças da casa da vó estarem tão vivas em você. Às vezes quero esquecê-las para sofrer menos. Acho que as estou substituindo pelas, também boas, lembranças da sua casa, tão nova e já com tantos momentos que nos fazem bem. Raquel

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