segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

2011 de adulto


Alguns dias depois que mudamos de ano, liguei pra uma amiga, pra saber como foram as festas. Eu sabia que ela havia viajado para o Natal, mas desconfiei que já estivesse de volta.
Conversamos um pouco, e entre as muitas coisas das quais falamos, ela me perguntou se eu andava escrevendo. Respondi que não, e que nessas férias, me esqueci até de que era alfabetizada.
Penso que o cansaço faça isso. O esgotamento de fim de ano foi tão intenso, que nas férias resolvi ser outra pessoa: alguém que não escreve, que não lê, que se esqueceu da profissão, dos compromissos.
O engraçado, porém, ou talvez trágico, é que ainda que nosso estado de espírito queira silêncio e paz, o mundo não para de trazer notícias sobre as quais devemos pensar, escrever, ler.
Ontem à noite, uma outra amiga muito querida me contou notícias tristes sobre ela, sobre sua família, notícia que me entristeceu em uma proporção maior do que ela deve imaginar, notícia que ganhou a página do meu editor de texto, porque não soube ficar quieta dentro de mim.
Sem saber dos detalhes do sofrimento da minha amiga, só penso em poder abraçá-la e dizer que não posso fazer muito, mas o que puder, certamente, farei.
Quero contar pra ela que Deus está no controle de todas as coisas, e que por mais que nos entristeçamos, por mais que estejamos doentes por dentro, estamos aos Seus cuidados.
Eu gostaria, com toda a certeza, de começar 2011 escrevendo sobre planos, perspectivas, votos, visões, mas crescer nos ensina que a vida não é feita apenas de boas notícias.
Um lindo novo ano a essa minha amiga, que merece e sempre mereceu apenas boas notícias. Sabendo que ela sabe disso, reitero que sinto com ela as dores, e aguardo com ela por boas notícias, que virão, certamente virão.

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