quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Arte supra-pós-moderna


Perdi, ontem, alguns minutos, me permitindo rir com a Vanusa no programa da peguéte do Mick Jagger, a Luciana Gimenez.
Um programa de alto nível como o dela, dono do mais puro e casto português, nossa “última flor do Lácio”, possui, de fato, todo o aval para ser palco da discussão sobre a gafe da cantora Vanusa no Senado há um ano.
Confesso que o vídeo do Hino Nacional interpretado pela Vanusa está entre os meus favoritos. Este episódio me arranca risadas mais longas e deliciosas do que qualquer outro vídeo já conseguiu, não importa quantas vezes eu veja.
Sob o pretexto de que estava medicada contra a labirintite, também ouvi da Vanusa, em entrevista à Sílvia Popovic, que quem a contatou não lhe enviou a letra do Hino Nacional. Pudera! Custava enviarem à Vanusa um email risonho e límpido com a letra da “música”?
Como se não bastasse, na última semana, fui surpreendida com um novo vídeo.
Sob o título de “Vanusa ataca novamente”, a cantora salta da canção “Sonho de um palhaço”, para “Como vai você”, de Roberto Carlos, percebendo e falando a si mesma, em meio à melodia das canções, que embananou as músicas. A verdade é que ela não deveria ter dito... Certamente passaria desapercebido.
Confusíssima, talvez menos do que nós, testemunhas oculares, e por que não auriculares, da arte supra-pós-moderna da cantora, Vanusa me ganhou novamente. Ri muito, ri exaustivamente.
Desde então, ando me considerando fã da Vanusa. Eu, tão descrente nos decadentes humoristas da TV brasileira.
Espero, do fundo de meu impávido e colossal coração, que Vanusa nunca deixe de cantar. Sou completamente a favor de novos olhares, do espírito transgressor, que recria o conceito de arte, ou nesse caso, de uma canção que, ao meu ver, andava mesmo meio obsoletinha... Puxa, são duzentos anos da mesma melodia, mesmo ritmo, mesma letra, um eterno tarararantan!
Na versão vanuso-portuguesa há muito mais ação e mistério! Nada é tão límpido, e a letra guarda um espírito vanguardista dentro de si, um tipo de inesperado que mora nas entrelinhas, nunca nos deixando saber qual a próxima palavra. Não sabemos! Nem a Vanusa sabe!

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