A família de minha mãe é, em sua maioria, formada por mulheres.
De cabelos longos ou curtos, enrolado ou lisos, louros ou castanhos, compomos um total de sete mulheres, desde a avó até as netas.
Pessoas chegaram, outras se foram, e, há cinco anos, minha tia, única irmã de minha mãe, se tornou avó.
Seu primeiro neto, e não o último, como aconteceu com minha avó, nasceu menino. Aliado a meu irmão, único menino até então, que há dezoito anos atrás fez os olhos de minha avó brilharem por trás das lentes, diante da possibilidade de presentear um neto com uma bola de futebol, ou um boné, Arthur nasceu.
No início deste ano, minha tia descobriu: novamente avó.
Na última terça-feira, minha prima, a mãe do bebê, visitou o médico, na tentativa de ter as primeiras notícias sobre o sexo da criança, ainda com quatorze semanas de vida.
Após a descoberta tão esperada, mãe, pai, filho pequeno no consultório, o telefone da casa da minha tia tocou:
- Vó, adivinha?
- Hum... não sei! Preciso de uma dica!
- Dá pra amarrar o cabelo.
Minha avó, já falecida, há tempos ausente, não teve tempo de saber que mais uma menina virá para o time que ela deixou.
Minha tia, que virou avó depois que pessoas chegaram, outras se foram, sabe que precisará de aulas sobre como presentear meninas, entre amarrios de cabelo e casas de bonecas, coisa que minha avó sempre fez muito bem.
Andreia Hernandes
De cabelos longos ou curtos, enrolado ou lisos, louros ou castanhos, compomos um total de sete mulheres, desde a avó até as netas.
Pessoas chegaram, outras se foram, e, há cinco anos, minha tia, única irmã de minha mãe, se tornou avó.
Seu primeiro neto, e não o último, como aconteceu com minha avó, nasceu menino. Aliado a meu irmão, único menino até então, que há dezoito anos atrás fez os olhos de minha avó brilharem por trás das lentes, diante da possibilidade de presentear um neto com uma bola de futebol, ou um boné, Arthur nasceu.
No início deste ano, minha tia descobriu: novamente avó.
Na última terça-feira, minha prima, a mãe do bebê, visitou o médico, na tentativa de ter as primeiras notícias sobre o sexo da criança, ainda com quatorze semanas de vida.
Após a descoberta tão esperada, mãe, pai, filho pequeno no consultório, o telefone da casa da minha tia tocou:
- Vó, adivinha?
- Hum... não sei! Preciso de uma dica!
- Dá pra amarrar o cabelo.
Minha avó, já falecida, há tempos ausente, não teve tempo de saber que mais uma menina virá para o time que ela deixou.
Minha tia, que virou avó depois que pessoas chegaram, outras se foram, sabe que precisará de aulas sobre como presentear meninas, entre amarrios de cabelo e casas de bonecas, coisa que minha avó sempre fez muito bem.
Andreia Hernandes
27/03/2010
Gostei muito desse blog, gostaria de entender mais sobre seus trabalhos. Pelo que vejo são muito interessantes e vivos.
ResponderExcluirGostaria de parabeniza-la pelas cronicas, são escrias com o coração.
Parabéns, na minha pequena experiência como escritor, vejo que você possui um talento brilhante.
Amor esse blog ta muito chique...
ResponderExcluirTe amo